segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Gratidão a Deus




QUE DAREI EU AO SENHOR ?

Salmo 116: 12 – 14

O homem que reconhece a existência de Deus, é movido muitas vezes por um sentimento de retribuição em relação a Ele, isto é, a pessoa que tem a sensibilidade de reconhecer os benefícios do Senhor em sua vida, sempre busca fazer alguma coisa para agradá-Lo, como uma forma de “pagamento” pelo que tem recebido. Isto também ocorre principalmente quando a pessoa está precisando de alguma coisa que deseja pedir a Deus.
Este sentimento um dia surgiu no coração do rei Davi. Ele era um homem poderoso em Israel, e certamente tinha posses e recursos para oferecer alguma coisa ao Senhor, como uma retribuição. Ele deve ter pensado no que mais agradaria ao Senhor... no que poderia estar à altura de todo o benefício proporcionado ao rei, tais como as respostas das orações, os livramentos da morte e dos inimigos, a sua justiça, sua misericórdia e tantas outras bênçãos. O que dar a Deus por todo o seu benefício? O que o homem tem para ofertar a Deus? Como o homem poderia realmente agradar a Deus? Será que as “boas obras”, os sacrifícios, ofertas em dinheiro e em coisas materiais poderiam alegrar o coração de Deus e satisfazê-Lo? Uma vida religiosa seria suficiente para deixá-Lo contente?
Davi pensou muito e buscou muito descobrir uma forma de retribuir a Deus por todos os seus benefícios, e somente através da revelação ele descobriu como agradar ao Senhor.
  
Certamente o homem não tem nada em si mesmo que possa oferecer a Deus, de modo que o Senhor não aceita nada que proceda do homem. Ele também não precisa de coisa alguma pois Ele é Deus, Senhor de todas as coisas, de modo que tudo pertence a Ele.
Foi pensando nessas coisas que Davi buscou do Senhor o que poderia ser agradável ao seu coração. Então o Espírito Santo revelou este segredo, este mistério, que na verdade era profético e que podemos perceber claramente no Getsêmani, vindo a se completar no Gólgota:
Tomarei o cálice da salvação – Davi alcançou a resposta quando entendeu, por revelação, que um dia o Filho de Deus tomaria o cálice da nossa culpa e dos nossos pecados sobre si mesmo e se entregaria à cruz para morrer em nosso lugar. O cálice que Jesus pediu ao Pai que se possível fosse, passasse dele, representava todo o seu sofrimento e humilhação por causa dos nossos pecados. Na verdade Jesus tomou o cálice da nossa salvação e o bebeu sozinho, para que através da fé na sua obra redentora, alcançássemos a vida eterna. Desta forma a única maneira de agradar a Deus é tomar o cálice da salvação, isto é, reconhecer seu sacrifício e aceitar Jesus como nosso Salvador. A fé em Jesus é a única coisa que nós podemos ofertar ao Senhor por todo o bem que nos tem feito, e isso não procede do homem, mas do próprio Deus.
Invocarei o nome do Senhor – Quando reconhecemos a obra redentora de Jesus e cremos no seu nome, passamos a invocar o nome do Senhor. Todo aquele que toma o cálice da salvação, passa a depender do Senhor e a invocar o seu nome em toda a sua necessidade. O Senhor que governa a nossa vida é a fonte de todos os benefícios, e isso nos move a tomar constantemente o cálice da salvação.
Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo – O voto que fazemos ao Senhor quando tomamos o cálice da salvação é a nossa fidelidade e obediência a Ele. Isso deve produzir em nós uma vida de testemunho diante de todo o povo do Senhor, gerando um fruto que é o resultado da operação do Espírito Santo na nossa vida. Este fruto é a vida de Jesus em nós, é a manifestação do Senhor Jesus na nossa vida, que fazemos parte do seu corpo.
Desta forma, o resultado final é agradável a Deus, pois Ele vê o seu Filho, o Senhor Jesus em nós. Aquilo que oferecemos a Deus, não é o que procede da nossa natureza caída, e sim a presença de Jesus no nosso coração.